Saúde Mental: todo cuidado conta!
- Samanta Wessel
- 12 de fev. de 2021
- 3 min de leitura
A saúde mental está relacionada à forma como uma pessoa reage às exigências, aos desafios e às mudanças da vida. Também, tem relação com o modo como cada um harmoniza suas ideias e emoções.

Todos os dias, vivenciamos uma série de emoções, algumas boas, outras ruins, mas que fazem parte da vida, como alegria, tristeza, raiva, frustração, satisfação, entre outras. Como lidamos com essas emoções é que determina como está a qualidade da nossa saúde mental.
Dessa forma, podemos dizer que a saúde mental contempla a nossa habilidade em manejar de forma positiva as adversidades e os conflitos, o reconhecimento e respeito dos nossos limites e nossas deficiências, nossa satisfação em viver, compartilhar e se relacionar com os outros.
Atenção aos transtornos mentais
Quando falamos em saúde mental, dentre diversos outros fatores, falamos de equilíbrio emocional, ou seja, é preciso ter uma harmonia entre ideias e emoções. O desequilíbrio emocional, por sua vez, facilita o surgimento de doenças mentais. E são muitos os problemas que enfrentamos diariamente e que prejudicam esta harmonização: estresse, brigas, atrasos, doenças, limitações, falta de família (ou excesso de família), pouco dinheiro (ou muito dinheiro). E é aí que surgem os transtornos e/ou as doenças mentais.
Um transtorno é uma alteração na saúde que nem sempre está associado a uma doença propriamente dita, embora possam representar grandes incômodos para a pessoa. Os transtornos mentais incluem qualquer quadro que possa comprometer a vida pessoal, familiar, social e profissional. Alguns exemplos de transtornos são a ansiedade, a depressão, a dependência de qualquer substância ou hábito, os distúrbios alimentares e a hiperatividade.
É importante destacar que todos os transtornos são tratáveis - muitas vezes com o uso combinado de psicoterapia e tratamento medicamentoso - e a maioria das pessoas continua normalmente suas vidas.
Saúde mental e o preconceito
Apesar de já termos dado bons passos contra o preconceito frente às doenças e aos tratamentos mentais, SIM, ele ainda é bastante presente na sociedade. E este preconceito tem seu começo com a separação do “louco”, alguém a ser afastado, escondido, aquele que não compartilha da “mesma realidade” dos demais. Mas infelizmente não é só em relação às doenças e aos transtornos mentais que o diferente é “banido”, diminuído ou ridicularizado. Hoje em dia, as questões de saúde mental ainda ocupam um lugar bastante nebuloso.
Diferente de doenças como diabetes ou hipertensão, as doenças mentais estão relacionadas ao corpo e ao meio que vivemos e assim são muitas vezes concebidas como uma fraqueza da pessoa, algo sobre o qual ela teria condições de atuar e não o faz. Uma forma interessante de ver esta questão é substituirmos as doenças em uma mesma frase, veja só: “NOSSA, MAS AQUELE MENINO TEM TUDO, POR QUE ESTÁ DEPRIMIDO? Troque a depressão por câncer e veja como fica esquisito: “NOSSA, MAS AQUELE MENINO TEM TUDO, POR QUE ESTÁ COM CÂNCER?”. Viu só?! A maioria da sociedade ainda tem dificuldade em reconhecer que depressão é uma doença, assim como tantas outras que afetam nossa psique.
E é justamente pelo preconceito e julgamento que as pessoas não querem ser como alguém que tem transtornos mentais, com o risco de serem vistas como fracas ou descontroladas, e assim, adiam muitas vezes a busca por ajuda e o início do tratamento. Para combatermos o preconceito, é importante sempre falar sobre o tema e tentar entender que todo mundo tem seu jeito de funcionar, mesmo que seja bastante diferente do seu.
A campanha JANEIRO BRANCO
Este texto é resultado de uma sequência de posts que elaborei dentro da proposta da campanha Janeiro Branco. Idealizada pelo psicólogo mineiro, Leonardo Abrahão, em 2014, o objetivo da campanha é colocar o tema da “Saúde Mental” em evidência na sociedade, chamando a atenção dos indivíduos e das instituições sociais para os universos mentais, emocionais, sentimentais, comportamentais e subjetivos dos seres humanos. Dentre os objetivos da campanha, levar conhecimento e informação sobre saúde mental é um dos principais.
E como podemos ajudar? Compartilhando informações sérias e corretas que podem ajudar e tirar dúvidas de quem está sentindo os efeitos psicológicos da pandemia. Compartilhe este post e faça com que mais pessoas tenham acesso a fontes de apoio.



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