Esta modalidade de terapia ainda é pouco conhecida em comparação à psicoterapia infantil ou individual. No entanto, em muitos casos, ela possibilita que o processo de mudança seja mais rápido e mais efetivo, pois na terapia familiar, todos se engajam na busca pela melhora da qualidade da vida e dos vínculos da família, compreendendo que a pessoa que está em maior sofrimento é o “porta voz” da mudança necessária e que todos são importantes para a saúde e o bem-estar familiar.

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Quando buscar a terapia familiar?

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- Quando a vida familiar é permeada por conflitos constantes e que geram sofrimento em um ou mais membros da família.

 

Entende-se conflito por brigas, rigidez excessiva, dificuldade de negociação e de diálogo, que levem ao aparecimento de sintomas, tais como: sofrimento emocional de um ou mais familiares (depressão, transtornos alimentares, crises de ansiedade, ideação suicida, entre outros); afastamento emocional; isolamento de um ou mais familiares; tentativas de imposição; coerção; uso e abuso de substâncias químicas.

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- Quando uma criança ou um adolescente apresenta sintomas de sofrimento emocional (como os descritos acima) e/ou comportamentos disfuncionais que podem causar risco a si ou interferir, negativamente, no seu bem-estar e na qualidade das suas relações em casa, na escola e nas demais situações de sua vida.

 

Cada caso é avaliado individualmente e, muitas vezes, a terapia familiar é indicada porque a forma como a criança e o adolescente lidam com a realidade e com suas emoções é tipicamente um reflexo de como assimilam o que acontece no meio em que estão inseridos. A família é o lugar onde as relações mais significativas e importantes para a construção da nossa identidade estão. Por isso, não adianta trabalhar somente com a criança ou adolescente enquanto os pais estão na sala de espera, desconectados do processo de mudança.

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- Quando a família passou por uma situação extrema, como perdas ou traumas e está em sofrimento.

 

No caso de terem sofrido alguma perda é necessário acolher e trabalhar o luto de cada um, pois cada pessoa vivencia este processo de uma forma diferente. No caso de traumas, como por exemplo, um acidente ou exposição à violência, a psicoterapia auxilia na recuperação do estresse pós-traumático. Em todos os casos, a terapia familiar pode ajudar a família a ressignificar o que ocorreu, encontrando, juntos, novas formas de “ser família” e de transformar sua dor em recurso para a união e o fortalecimento de cada um.

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- Quando a família percebe que há problemas na forma de se comunicar, de agir ou demonstrar afeto e que é possível construir juntos outras formas de “estar em família”, para potencializar ainda mais a qualidade dos seus vínculos e a saúde emocional de cada um.