Outono, água, mudança e adaptação
- Patrícia Franck Pichler
- 25 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
Escrevo este texto no mês de março, logo após os dias 20/03, início do Outono, e 22/03, Dia Mundial da Água. A partir destas datas, divaguei em meus pensamentos sobre os temas da mudança/transformação e da adaptação e decidi compartilhar aqui algumas ideias que acredito possam auxiliar aqueles que se “assustam” com o dilema “Preciso mudar, e agora?”. Para expor essas ideias, vou justamente utilizar o outono e a água.

Nós sabemos que a vida é cheia de acontecimentos, fatos e casos que marcam nossos dias, preenchem nossas semanas e fazem nossos meses e anos acontecerem. Na grande maioria das vezes, são coisas corriqueiras e que costumam sofrer pequenas mudanças, como nas rotinas do nosso trabalho ou da nossa casa, nos planejamentos das férias que vamos tirar, etc. São fatos e casos do cotidiano e já estamos acostumados a lidar com as mudanças necessárias.
Porém, às vezes, acontecem fatos mais “sérios”, que envolvem mais pessoas, mais tempo e, até mesmo, mais mudança. Refiro-me, por exemplo, a uma demissão ou promoção com mudança de cidade, a morte de uma pessoa querida, o sonho de um negócio próprio que não foi possível tirar do papel, o nascimento de um filho, e tantas outras coisas que impactam nossa vida. Diante de todas essas é preciso mudar alguma coisa e, por conseqüência é preciso que a gente mude. E mudar é sempre um processo difícil, pois não sabemos o que vai acontecer com esta mudança.
E mudar é sempre um processo difícil, pois não sabemos o que vai acontecer com esta mudança.
Pois agora trago o Outono, sob dois aspectos, para que possamos refletir de uma nova forma sobre isso. O primeiro é baseado em que o outono é a estação que representa a transição entre o verão e o inverno. Sendo como o outono, vamos encarar a necessidade de mudança como uma transição, ou seja, algo passageiro, que tem um começo e um fim e você precisa encontrar uma forma de conviver bem durante este período de tempo, mas que vai passar. O segundo aspecto tem como base as árvores e seu processo de perda das folhas no outono. Isso acontece não porque elas estão enfraquecendo ou morrendo, pelo contrário, é uma estratégia para economizar energia e resistir aos dias mais frios, que passarão. Viu só?! As árvores encontraram uma forma de viver, apesar da mudança, adaptando-se.
E falando em adaptação, vem aí a água. A água, em seu estado normal, é líquida. É assim que ela “vive” a maior parte do tempo, na maior parte dos lugares. Porém, às vezes ela precisa mudar devido a alguma “pressão” ou condição nova que lhe é imposta, como o frio no inverno e o calor no verão. O que ela faz? Ela se transforma e virá gás quando aquecida ou gelo quando resfriada. Ela muda, mas continua sendo água. Pode estar no estado gasoso, líquido ou sólido, de acordo com as condições que se apresentam a ela, mas em sua essência ela é água.
Isso não é lindo?! Sim. Então, depois de todos estes pensamentos o que quero lhe dizer é: quando se deparar com algumas mudanças eminentes em sua vida, aceite-as e as entenda, buscando a forma mais saudável de conviver com ela. Mude, mas saiba que a sua essência continua lá. Mais que mudar, falo de um processo de adaptação, que dialoga com a forma como nos transformamos para viver a partir de novos cenários e novas condições.
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