DOENÇAS SILENCIOSAS - Ansiedade
- Samanta Wessel
- 22 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Texto integrante da série "Atenção à Vida", alusiva ao Setembro Amarelo, mês dedicado a pensarmos e falarmos sobre a prevenção ao suicídio.

Ansiedade e depressão são o tipo de sofrimento humano que, em muitos casos, podem ser silenciosas para quem vê de fora, mas provocam um turbilhão de pensamentos, emoções e sensações quase paralisantes para quem as vive. Por isso, pessoas que sofrem de depressão ou ansiedade podem viver normalmente, ir trabalhar todos os dias, cuidar dos afazeres domésticos. Se elas próprias, ou quem está em volta, não tiverem olhos atentos e um pouco de conhecimento sobre os sintomas e o curso dessas doenças, elas podem passar despercebidas por meses, ou anos. E aí, podem acontecer desfechos totalmente indesejados, crises profundas que exigem internação e medicação contínua, ou até mesmo, o suicídio.
A ansiedade é uma reação do nosso corpo diante de situações que podem representar uma ameaça – um frio na barriga em véspera de prova ou de uma apresentação importante, o medo de iniciar algo novo ou abrir o resultado de determinado exame. A ansiedade faz parte da nossa vida, isso porque ela cumpre uma função de proteção – um mecanismo que nos deixa receosos diante de algo que não conhecemos.
O que torna esse sentimento um transtorno de ansiedade é a intensidade e a frequência com que acontece.
O que torna esse sentimento um transtorno de ansiedade é a intensidade e a frequência com que acontece. Quando a resposta a uma situação é exagerada e quando desenvolve sintomas físicos ou psíquicos por um longo período, torna-se algo patológico. O sofrimento relacionado à ansiedade pode ser descrito através de variados sintomas como: nervosismo, dificuldade de concentração, preocupação exagerada, medo constante, sensação de que algo ruim vai acontecer, descontrole sobre os próprios pensamentos e inquietação física. Uma crise de ansiedade pode envolver sintomas físicos intensos e repentinos, dentre eles: alterações no apetite, tensão muscular, tremor, tontura ou sensação de desmaio, falta de ar, dor ou aperto no peito ou palpitações, alterações gastrointestinais, sensação de que irá morrer.
Para diminuir os sintomas físicos, e, consequentemente, a intensidade da ansiedade, existem várias técnicas. O objetivo é conseguir voltar a atenção para o aqui e agora, para o ato de respirar e para as coisas que estão ao seu alcance, neste momento. Na psicoterapia, você aprende a identificar os gatilhos dos seus picos de ansiedade e tem a possibilidade de transformá-la em uma força que move a vida, e não paralisa.
Quando a ansiedade passa a interferir de modo negativo na qualidade de vida ou mesmo na saúde física da pessoa, é indicado tratamento psicológico e/ou farmacológico, de acordo com cada caso. O diagnóstico correto deve ser feito por psicólogos ou médicos especialistas, pois exige uma série de avaliações.
Se você desconfia que você ou alguém próximo esteja sofrendo de ansiedade ou depressão, procure um profissional da saúde. A depressão e a ansiedade são o tipo de doença que “vai e volta” ao longo da vida, por isso, não adianta protelar o tratamento.



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